Hoje, a World Surf League (WSL)
anunciou que Maya Gabeira (Rio
de Janeiro, Brasil) ganhou o prêmio cbdMD
XXL Biggest Wave 2020, estabelecendo um novo
recorde mundial para a maior onda já surfada por uma mulher. Como parte do Red
Bull Big Wave Awards (BWA), o BWA validou a
onda de Gabeira como nova conquista no GUINNESS
WORLD RECORDS® para o título de Maior Onda Surfada - Sem Limites (Feminino).
“Esta onda foi durante o campeonato [WSL Nazaré Tow Surfing] e,
apesar de achar que não sou uma pessoa competitiva, eu estava muito concentrada
e mais corajosa do que o normal neste dia,” disse Gabeira. “Eu
estava arriscando bem mais e, quando larguei a corda (do jetski), tive a
sensação de que poderia ser a maior onda da minha vida, mas não tinha certeza.
A velocidade era muito alta e o barulho que a onda fez quando quebrou, me fez
perceber que esta era provavelmente a maior onda que surfei.”
A carioca Maya Gabeira aumentou
o seu próprio recorde de 20,7 metros (68 pés) para 22,4 metros (73,5 pés). O feito foi conseguido no
mesmo famoso local de ondas gigantes do recorde anterior, a Praia do Norte, em Nazaré, Portugal, no dia 11 de fevereiro de 2020, como parte do evento
inaugural do Nazaré
Tow Surfing Challenge da World Surf League.
Embora as divisões masculina e feminina sejam separadas para esta categoria, a
onda de Gabeira também ultrapassou o recorde masculino do cbdMD XXL Biggest
Wave, que foi vencido por Kai Lenny (Paia, Havaí) e mediu 21 metros (70 pés).
“Este recorde mundial é realmente surpreendente porque o tamanho
da onda foi mais alto até do que a onda do vencedor masculino, então isso
significa que uma mulher surfou a maior onda do ano no geral,” disse Gabeira. “Isso, para
mim, era algo que eu havia sonhado anos atrás, mas não como algo realista. Não
houve representação para eu acreditar que era possível. Eu apenas pensei que
era tão irreal, mas ver isso acontecer foi incrível. Esse é um esporte
extremamente dominado pelos homens, então ter uma mulher capaz de representar
isso é bastante raro.”
“Ainda é realmente difícil acreditar nisso. Uma mulher surfou a
maior onda deste ano!” continuou Gabeira. “Estou muito feliz por mostrar que é possível uma mulher surfar
a maior onda do ano. Assim que você vê aquela pessoa ali, é muito mais fácil.
Gosto de fazer algo que parece tão impossível por causa do que
pré-estabelecemos o que seja possível para o gênero. Quando é mostrado que é
possível, fica mais fácil para o próximo. Quase não parece que era eu, mas amo
o jeito que foi concretizado.”
Em uma das batalhas mais
acirradas na história do BWA, a onda da Gabeira mediu apenas 2 a 3 pés a mais
do que a onda surfada pela Justine
Dupont (FRA) no mesmo dia de competição, em 11 de
fevereiro. A segunda onda indicada da Dupont foi no dia 13 de novembro de 2019,
também em Nazaré, Portugal.
“Estamos vivendo em um mundo totalmente diferente agora com o
COVID-19”, completou Gabeira. “Sinto-me grata por ter vivido intensamente aquele início de
ano e poder realizar algo no esporte que este ano tem sido muito desafiador
para nós atletas. Por algum motivo de sorte, 2020 ainda significará muito para
mim.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário