As Olimpíadas de Tóquio foram o “empurrãozinho” para que o Colégio Marista Goiânia introduzisse uma oficina de skate entre as diversas práticas oferecidas pelo Núcleo de Atividades Complementares (NAC). Com duas turmas lotadas de alunos do primeiro ao 9º ano do Ensino Fundamental, as aulas começaram no dia 03 de setembro e acontecem nas quadras externas da escola.
“Por ser uma atividade voltada aos jovens e com a linguagem própria para esse público, mesmo antes das olimpíadas, nós já tínhamos vontade que o skate adentrasse os muros da escola”, conta a coordenadora do NAC, Cláudia do Val.
Mas a coordenadora reconhece que a forma como o skate estreou enquanto modalidade esportiva nas Olimpíadas de Tóquio – levando o Brasil ao pódio com duas medalhas de prata - fez aumentar o interesse pela atividade entre crianças e jovens. “Antes, o skate era visto como algo perigoso e a sua prática estava associada ao universo masculino”, lembra.
A quebra de tabus foi constatada no momento em que o colégio abriu as inscrições para a oficina. “Em uma semana a turma, com 20 alunos, lotou e foi preciso abrir outra imediatamente”, conta. Outra surpresa foi a quantidade de meninas em busca de uma vaga. As cinco primeiras inscrições foram de alunas.
Infraestrutura – Um instrutor, com vasta experiência em ensinar skate para crianças em espaços públicos de Goiânia ensina aos alunos do Marista o básico do esporte: equilíbrio, domínio do skate, manobras e velocidade sobre as rodinhas. Para essa fase inicial de aprendizado, explica Cláudia, as quadras externas do colégio são suficientes.
A princípio, o colégio não tem a intenção de fabricar obstáculos para a prática do skate street, tampouco de construir rampas para o skate park. A ideia é, com a oficina em funcionamento, avaliar o interesse dos alunos pelo esporte para depois pensar em novos investimentos. “Antes é preciso avaliar se essa busca pelo esporte não é apenas modismo, uma febre, ou se o skate realmente chegou para ficar como esporte querido dos brasileiros”.
Em Tóquio, o skate estreou como modalidade esportiva e se manterá como tal daqui a 4 anos, em Paris. Quem sabe, até lá, não saíra de Goiânia uma Rayssa Leal ou um Pedro Barros. “Ia matar a gente de emoção”, projeta Cláudia.
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