As manobras clássicas e progressivas ou modernas do bicampeão mundial de longboard, Phil Rajzman, são ainda mais enaltecidas quando o equipamento de competição é desenvolvido pelo próprio atleta. Movido a desafios e devido à pandemia, que o impossibilitou de trazer novos equipamentos do exterior, há um ano, o longboarder passou a fabricar pranchas para uso próprio no Rio de Janeiro. Assim, amigos e participantes de suas clínicas (Surf Experiences) logo iniciaram os pedidos e, pela primeira vez no Brasil, nasceram as pranchas assinadas pelo atleta que se transformou rapidamente em um negócio promissor. Atualmente, as encomendas chegam de várias partes do país, com previsão de entrega para pelo menos dois meses. Vale ressaltar que há anos Rajzman tem pranchas assinadas junto a Hobie, pioneira no mercado de pranchas no mundo, com sede na Califórnia (EUA).
“Aprendi a produzir minhas próprias pranchas em 2007, na Califórnia, junto com a Hobie e renomados shapers. Mas é a primeira vez que faço pranchas sem ter uma empresa por trás, porque quando começou a pandemia ficou inviável trazê-las de lá”, explica Rajzman, que desde 2020 passou a desenvolver equipamentos para uso individual e para competição, de acordo com a necessidade do cliente, mas sobretudo para longboard, sua especialidade.
Uma prancha de longboard, mais conhecida como pranchão, precisa ter ao menos 9 pés, medida padrão internacional equivalente a 2,70 metros, e são cinco os modelos by Phil Rajzman: Blue Monkey (Clássico), Yellow Monkey (Clássico Competição), Red Monkey (Híbrido), Purple Monkey (Híbrido Competição) e Orange Monkey (Progressivo). As fabricadas pelo atleta são pranchas de alto rendimento e para todos os níveis – avançado, intermediário e iniciante.
Vários fatores são levados em consideração, sobretudo o local escolhido para surfar, a habilidade e o desenvolvimento do surfista e o material a ser usado na fabricação do equipamento. Rajzman destaca que alguns detalhes são imprescindíveis para compor uma boa prancha e vai muito além do design. “Estou criando blocos de curvas e densidades diferentes, com estrutura de longarina (madeira que fica no meio do bloco), estrutura de laminação formada por tecido importado de alta qualidade mais resina, que tornam a prancha mais resistente e fazem a diferença quando é colocada na água. Tudo é uma combinação de fatores para a produção de uma prancha ideal, que atenda a necessidade de cada um no desenvolvimento no surfe”, conta.
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