Tradicional clube paulistano, considerada por muitos o segundo time de todo torcedor de São Paulo, a Portuguesa amarga um ostracismo nunca antes visto em sua centenária história.
Desde o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2013, a situação financeira da Lusa está decadente. Porém, as coisas parecem melhorar no ano de 2021.
Recém promovida a série D do campeonato brasileiro, com uma dívida trabalhista estimada em R$ 50 milhões, a Portuguesa conseguiu a chance de equacionar suas contas e retomar a saúde das atividades do clube com a reunião de suas ações em fase de execução em um processo piloto da 59ª VT de São Paulo.
São vários processos em execução reunidos, de um total de 271 ações contra a Portuguesa. O clube, apesar de suas dificuldades para se reerguer, já realizou 25 acordos extrajudiciais com redução dos valores devidos e também já solicitou a designação de audiências de conciliação, por meio dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) para firmar mais acordos.
A proposta do clube é garantir um pagamento de 30% da receita fixa – ao menos, R$ 250 mil, mensalmente – para quitação dos diversos processos reunidos.
Com processos que vão desde 2004 até os dias de hoje, alguns credores da Lusa são bem conhecidos, como o volante Moisés, campeão brasileiro pelo Palmeiras, hoje na China. Entre os nomes que podem se beneficiar da medida ainda estão o zagueiro Domingos, ex-Santos, o meia Maylson, o atacante Diogo, última grande revelação da Lusa vendido ao Olympiakos, com passagens por Flamengo, Santos, Palmeiras e atualmente joga no futebol da Tailândia.
"Legalmente é uma medida fundamentada no PROVIMENTO GP/CR Nº 02/2019 do Tribunal Regional do Trabalho, cujo a Portuguesa preenche todos os requisitos para reunir as execuções trabalhistas e apresentar um plano para liquidar as dívidas. É certo que, a muito tempo o clube passa por momentos críticos e com essa iniciativa demonstra que tem condições de sair dessa situação e quitar os diversos funcionários e atletas que estão a muito tempo sem receber”, explicou o advogado Bruno Gallucci que representa alguns jogadores em processos contra a Lusa.
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